segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

sobre pragas e dissimulações...

Entrei em uma selva iluminada e encontrei silêncios ensurdecedores e sussurros gritantes de algum animal a espera. Era apenas um mosquito.Se sentia sozinho. Pediu que eu deixasse ele me picar. Estava com sede. Precisava extrair de mim um pouco do sangue que  era minha fonte vital de energia. Sou doador de sangue há alguns anos.Podia saciar aquele ser insignificante. Deixei o vampiro mosquito beber alguns glóbulos (em certo momento nem sei mais que cor eles tinham, por causa da quantidade que ele sugava de mim). O mosquito começou a crescer e eu a enfraquecer. Então, puxei o braço com força. Ele havia crescido muito enquanto se alimentava e havia se tornado um ser de tamanho fenomenal. De repente, como não podia mais alimentar-se por mais que tentasse, pois eu relutava em deixar, ele explodiu. E transformou-se em milhares de mosquitos que vieram em minha direção. Acordei repleto de sinais de alergia. Havia esquecido de usar o repelente.Fiquei pensando que algumas pessoas são assim como mosquitos. sugadores de uma energia que não possuem. Simplesmente por não se darem o direito de acreditar em si mesmas. Carecem do outro. Todos os dias. Sou doador de esperanças. Semeador de estrelas. Só que se me apareceu um receio. E quando eu precisar, haverão doadores para abastecer minha face esgotada?As pessoas me perguntam o porquê de eu rir com tanta frequência. Não é verdade. sorrio apenas quando tenho vontade e com a maior transparência. Para que o riso chegue com a maior intensidade a todos que o virem. Pode fazer toda diferença na vida de alguém. Pena que escassos os sorrisos, sobrem apenas repelentes nas mãos de alguns dos que ofereci partes de mim quando haviam quase fenecido sob o peso das dificuldades. As verdadeiras pragas são os dissimuladores.


Um comentário:

  1. Sim, porém importa perceber que nos sugam o tanto que permitimos, pois os sanguessugas só entram na vida de alguém e lá permanecem enquanto deixamos. já me repetiram uma antigas frase, que rir demais é desespero. Bom, talvez seja desesperador para alguém nos ver rir das rosas, enquanto continuam a chorar pelos espinhos.

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