De vez em quando, acontecem sensações que não conseguimos explicar, se por encontrar a morte em cada esquina ou a desilusão à espera com seus olhos devoradores. Misteriosamente, aprendemos que, de vez em quando, não devemos arriscar, porque podemos não suportar as feridas abertas que custam a cicatrizar. Até que, apenas um olhar, um sorriso e uma tez suave nos arrebatam. Sim, arrebatam. Ficamos sem escolha diante do deus do amor. Não há como negar que nossos olhos não são os mesmos e a nossa respiração de repente deixou de ser tranquila e os batimentos estão à beira de um ataque cardíaco. Da outra vez, nem queremos lembrar, foi difícil. O vento vem depressa e a verdade é mais forte. O pouco tempo pode valer a pena. Queremos possuir o poder de cristalizar o efêmero, de, congelar o instante, de ...tanta coisa que nem sei mais... O silêncio é preeenchido pela ausência, os suspiros se tornam frequentes, os lábios severos secando aos poucos e a retina ofuscada pela luz do último luar procura se restabelecer aos poucos. Até que chega o instante do reencontro, braços preparando o abraço de um dia que não deveria ter terminado e a luz de um dia que não deveria ter se tornado noite. À escuridão, os amantes se encontram no olhar do outro e o silêncio fala por eles. O som dos grilos silencia e as estrelas incendeiam em suas casas. A lua torna-se maior e o espectro de um crepúsculo tímido vai esvaindo-se aos poucos. O beijo une dois corpos para se tornarem um só até que distanciam-se bruscamente, não são mais os mesmos.Perderam um pouco de seu olhar, de seus lábios, de sua cor nos contornos do outro, e deixaram de ser apenas si mesmos. Carregarão um pedaço de si até que a linha tênue que os une vá enfraquecendo e deixando de existir. E um deles, se observarem com bastante atenção, trará nas mãos um barbante, que sairá das mãos deste até o peito do outro.E se algum dia o deixar cair, esta linha se desfaz em muitos pedaços . E de cada pedaço jorrarão lágrimas de sangue. E todo o sangue que dali verter cobrirá os pés dos dois, que se olharão confusos, até não mais entender que os olhares e sorrisos e aquilo que os unia jaz ali, no chão, aos pedaços. Saem dali, distanciando-se aos poucos até retornarem correndo e interromperem os passos a poucos metros de distancia. E olharão nos olhos do outro e desejarão que suas almas caminhem juntas pela eternidade, e encontrarão um perfeito estranho, de um amor que se foi, apenas a linha e o sangue fenecendo ali aos poucos. Uma lágrima e um suspiro e de repente um soluço é cortado por um gesto. Um dos amantes se aproxima e retorna em seus olhos o brilho de antes e num beijo, único resquício de um desesperado, procura eternizar seu amor que reluta em se despedir. Até acordar de um sonho repleto de lágrimas no colo e perceber que ...
De vez em quando, acontecem sensações que não conseguimos explicar... de fato !
ResponderExcluir"...um sonho repleto de lágrimas no colo e perceber que, ao menos no sonho, este amor existiu?"
ResponderExcluirNos percebemos cada vez mais estranhos, para cada vez que, novamente, despertamos de um novo sonho.
PS: Éderson, deves a minha poesia no Diário!" Poste-a através Blog mesmo úú.
Abraço - Juan. E minhas páginas te acompanham fielmente.
caro j.pd.jo.
ResponderExcluirsei que te devia um texto, pois te envio dois e ambos estão postados desde hoje no espaço acima deste, uma crônica e uma poesia. Espero que aprecie. Um abraço e obrigado por acompanhar meu blog, continue acrescentando suas contribuições valiosas à perpetuação da vivência deste. Não quero que os textos sejam apenas meus. Alguns textos tecidos em comentários podem elucidar mais do que minhas singelas palavras destreinadas...
Muito bom!
ResponderExcluirfoda man
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