segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

sobre festas e desligamentos...

Não sei se vou ser coerente. Aqui vai mais um texto para a coletânea dos que não se encaixam ao que se esperam que eu escreva, depois de tantos textos existencialistas..Acordei com uma vontade de sair. Não, esqueçam a ideia absurda de fugir. Quero apenas sair para dançar. Não que eu saiba dançar muito bem. Mas sentir a dança em meu corpo e beber um pouco faz bem. Ás vezes acordo um pouco desligado e com muita vontade de ouvir música a um volume que deixaria a vizinha com  problemas de audição acreditar que está escutando absolutamente bem. Preciso de companhia. Eu sozinho não basta. Que tal se desligar um pouco de seu cotidiano, esquecer um pouco o quão chatas nossas rotinas podem ser e encarnar de vez o adolescente que existe em você. Não tem idade. Não precisa saber dançar. Só sentir a música.Os risos, a respiração ofegante. Vamos nessa. As luzes não vêm de dentro não, elas explodem da pista em direção a você. Para dizer que você deve aproveitar ao máximo.Dance. Deixe-se levar. O barulho pode parecer terminar com as vozes que você trouxe de fora. Mas é para isso mesmo. Ali é outro lugar. Chame de válvula de escape ou o que for. Palavras não importam. A diversão é o limite e os amigos que você levar (ou que te convencerem a ir) servirão para mostrar o quanto vale a pena estar ali. Podemos até não ter carro mas quando chegarmos, todos irão perceber. Vista sua melhor roupa, a noite vai ser nossa. Cale suas mais profundas exclamações de reprovação sobre um lugar aonde as pessoas se excedem e praticam loucuras. É mais que isso. A música é envolvente, os risos são constantes, é um mundo a parte. Não estou defendendo as baladas como um estilo de vida. Não é isso. Cada um procura o lugar que equivale às músicas que suprem os desejos de sua alma. Amo violinos e pianos, mas hoje eu quero mesmo é dançar e não pensar em nada.Pra isso servem os "acordes eletrônicos". Precisava escrever sobre isso. As pessoas que me conhecem sabem que parte de mim ama também sair. Não somente devaneios e poesias sobre os cacos que me formam. De vez em quando um desses pedaços me lembra que é hora de comemorar algo que nem sei  o que é. Liguem a música no mais alto volume. Hoje quero me desligar de todo o resto.Preciso ir. Aporta vai se abrir. Quando ela tiver de novo aberta saio e volto para o mundo de sempre, e para os meus devaneios. Sem ressaca, espero.


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